Imaginar para Acessar o Futuro.
- Larissa Maçães Cordeiro
- 19 de nov.
- 2 min de leitura
Para uma pessoa que estuda futuros — e que sempre teve esse olhar de ir além, pensar diferente e enxergar o improvável — poder estar presente ao lado do “pai do foresight”, Peter Bishop, em dois momentos distintos e para públicos tão diversos, é um mergulho de aprendizado profundo.
Aprender sempre mais, confirmar que não estamos na contramão, e perceber que uma de nossas grandes inspirações também pensa assim, é um desses sinais de que estamos no caminho certo.
Em São Paulo, Peter trouxe reflexões potentes sobre o que significa ensinar, aprender e viver em tempos de incerteza. Compartilho aqui com vocês alguns destes insights.
Falamos sobre alfabetização para futuros — a capacidade de imaginar, criar e agir no presente a partir das possibilidades que desejamos ver acontecer.

Uma competência essencial para organizações que querem se manter relevantes, capazes de antecipar mudanças, inovar com propósito e cultivar uma mentalidade adaptativa em tempos de incerteza.
Mas há desafios.
Vivemos na cultura do curto prazo, e aprender uma nova forma de liderar — que acolhe perguntas sem respostas — exige coragem.
O que nos trouxe até aqui não nos levará adiante.
A educação precisa voltar a ser o espaço onde a imaginação floresce, não onde ela se retrai.
Peter trouxe dados que ecoam com força: um aumento de 1.500% nos distúrbios psíquicos entre jovens, segundo o SUS.
Um sintoma claro da “futurofobia” — o medo do amanhã e a queda da imaginação coletiva.
Quando o futuro deixa de inspirar esperança, ele se transforma em ameaça.
Ainda assim, há caminhos possíveis.
Pensar futuros é regenerar nossa relação conosco e com o mundo.
É reconhecer que “enquanto eu sonhar, eu viverei”.
É plantar no aqui e agora para que as próximas gerações possam viver melhor.
É ancestralidade em ação, porque tudo o que existe hoje um dia foi imaginação do ontem.

E, como disse @Malu Criar, uma jovem de 17 anos que já é futurista e atua por futuros regenerativos. Sigam, ela está anos luz de todos nós.
“O futuro não é herdado pela juventude — ele é parceiro.”
O futuro não é um território fixo, mas um campo de possibilidades.
Para florescer, o imaginário social precisa de espaço, tempo e propósito.
Como dizia Jim Dator, “a ideia que não chega perto do absurdo provavelmente não serve para o futuro”.
E, pelas bordas, novas ideias já estão hackeando o sistema, abrindo espaço para futuros mais humanos, sustentáveis e democráticos.
Porque, no fim, imaginar é um ato político e vital.
E cultivar consciência de futuros é o primeiro passo para transformá-los em realidade.
E aí ? Como está a sua capacidade de imaginar ? Mind set flexível é vital para sobrevivência, vocês ainda vivem correndo atrás da meta e copiando o mercado ?? que tal deixar de reagir ao que virá e liderar o futuro ?




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